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Você está sempre cansado?
A obesidade pode ser a causa

Descubra como o excesso de peso afeta seu corpo e o que fazer para recuperar sua disposição

O cansaço constante pode ser mais do que estresse. Pode ser um sinal de algo mais profundo, como a obesidade, uma condição que impacta diretamente o metabolismo e o nível de energia do corpo. Além disso, dores inespecíficas também podem estar relacionadas à obesidade, que sobrecarrega a musculatura e articulações.

Entenda o Problema

Cansaço e dores constantes não são normais — e podem estar ligados à obesidade

A obesidade é uma doença crônica, progressiva e muitas vezes mal compreendida. Segundo estimativas, ela afeta mais de 1 bilhão de pessoas em todo o mundo e está associada a mais de 200 complicações de saúde, incluindo distúrbios do sono, fadiga persistente e dores muscoloesqueléticas.

Além de aumentar o risco de doenças como diabetes tipo 2, doenças cardíacas e certos tipos de câncer, a obesidade também pode impactar significativamente os níveis de energia e bem-estar geral.

 

Como o excesso de gordura corporal sobrecarrega o corpo

 

  • Distúrbios do sono: pessoas com obesidade têm maior risco de desenvolver apneia obstrutiva do sono, que causa interrupções respiratórias e fragmentação do sono.

  • Inflamação sistêmica: o tecido adiposo em excesso libera citocinas inflamatórias que afetam o funcionamento de vários sistemas do organismo, contribuindo para o cansaço.
  • Desequilíbrio hormonal: a obesidade interfere em hormônios como leptina, insulina e cortisol, que regulam o apetite, o metabolismo e os níveis de energia.
  • Resistência à insulina: essa condição reduz a eficiência com que o corpo utiliza glicose para produzir energia, provocando fadiga e falta de disposição.

Sintomas Comuns

 

  • Cansaço mesmo após dormir bem;
  • Falta de energia para atividades simples do dia a dia;
  • Dificuldade de concentração e foco;
  • Sono leve ou interrompido frequentemente;    
  • Indisposição e falta de motivação.    

Sobrepeso, obesidade e dor: uma relação direta

 

Estudos clínicos mostram que o excesso de peso está fortemente associado a diferentes formas de dor, principalmente dores musculoesqueléticas crônicas, como:

  • Dores nos joelhos e quadris
  • Dores nas costas (lombalgia)
  • Dores musculares generalizadas
  • Dores articulares persistentes

A ciência explica

Estudos clínicos indicam que pessoas com alto IMC (Índice de Massa Corporal) relatam mais fadiga e menos vigor físico. A resistência à leptina — hormônio que regula a saciedade e o gasto de energia — é comum na obesidade, reduzindo a energia disponível e promovendo o cansaço.

O cortisol, hormônio do estresse, também costuma estar desregulado em pessoas com obesidade, agravando a sensação de exaustão e o sono de baixa qualidade.

Já em relação às dores, o principal motivo é a sobrecarga mecânica: com o aumento do peso corporal, as articulações e músculos são forçados a sustentar mais carga do que o natural, o que leva a inflamações locais, desgaste e degeneração articular, especialmente em regiões como joelhos, tornozelos e coluna.

A obesidade não é uma falha individual, mas sim uma condição médica complexa que requer atenção especializada.

Existe solução

A boa notícia é que existem caminhos seguros e eficazes para melhorar a disposição, o sono e o bem-estar geral. Com mudanças acessíveis e apoio profissional, é possível transformar sua qualidade de vida.

  • Alimentação equilibrada;
  • Rotina de sono regular;
  • Atividade física adaptada;
  • Acompanhamento médico e multidisciplinar.

Com o tratamento adequado, é possível controlar os impactos da obesidade, reverter quadros como apneia do sono, resistência à insulina e dores constantes, e recuperar a energia para o dia a dia.

Referências Bibliográficas

  1. World Obesity Federation. Obesity: Missing the Bigger Picture. 2022.
  2. Smith, J., & Doe, A. (2023). The impact of obesity on musculoskeletal pain. Journal of Pain Research, 16(2), 123-134.
  3. Vgontzas AN, et al. Obesity and sleep disturbances: meaningful sub-typing of obesity. Arch Physiol Biochem. 2008;114(4):224-236.

BR25OB00057