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Imagine pequenas pedras se formando silenciosamente dentro do seu corpo, sem que você perceba. Isso é exatamente o que acontece com os cálculos biliares, também conhecidos como pedras na vesícula. Eles podem ficar ali, quietinhos, por anos, ou podem causar uma dor tão intensa que você jamais esquecerá.
Publicado em: 19 de Setembro
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A vesícula biliar é um órgão pequeno, em forma de pera, que fica escondido logo abaixo do fígado. Sua missão é simples: armazenar a bile, um fluido digestivo produzido pelo fígado que ajuda a quebrar as gorduras dos alimentos. O problema surge quando substâncias na bile, principalmente o colesterol, começam a se cristalizar e formar essas "pedrinhas" indesejadas.
A maioria das pessoas com pedras na vesícula vive normalmente, sem saber que elas estão lá. Mas quando decidem se manifestar, os cálculos biliares não fazem por menos. A dor é o sintoma mais marcante e pode ser descrita como uma das mais intensas que alguém pode sentir.
Essa dor geralmente aparece no lado direito superior do abdômen e pode irradiar para as costelas ou até mesmo para as costas. O timing também é característico: costuma aparecer cerca de 30 minutos após uma refeição, especialmente se você comeu algo gorduroso.
Os sintomas podem variar bastante de pessoa para pessoa. Algumas sentem apenas um desconforto leve após comer, enquanto outras experimentam crises de dor que as levam direto ao pronto-socorro. A dor abdominal intensa no lado direito é o sinal mais comum.
O inchaço abdominal é outro sintoma que incomoda bastante. A intolerância a alimentos gordurosos também é comum. Aquele hambúrguer que antes era uma delícia pode se tornar um gatilho para desconforto.
É importante saber que muitas pessoas têm pedras na vesícula e nunca sentem nada. Elas são descobertas por acaso, durante exames de rotina.
O ultrassom abdominal é o exame mais usado para detectar pedras na vesícula. É um procedimento simples, indolor e muito eficaz. As pedras aparecem como pequenas sombras na imagem, e o médico consegue ver seu tamanho, quantidade e localização.
O diagnóstico precoce é importante porque permite planejar o tratamento da melhor forma possível, evitando complicações mais sérias.
A colecistectomia, que é a remoção cirúrgica da vesícula biliar, é o tratamento mais comum e eficaz. Pode parecer drástico remover um órgão inteiro, mas a vesícula não é essencial para a vida. Você pode viver perfeitamente bem sem ela.
A cirurgia é feita por videolaparoscopia, uma técnica minimamente invasiva que usa pequenos cortes e uma câmera para guiar o procedimento. A recuperação é geralmente rápida, e os riscos são baixos quando a cirurgia é feita de forma eletiva.
Deixar as pedras na vesícula sem tratamento pode levar a complicações graves. Entre 30% e 50% das pessoas não operadas podem desenvolver problemas sérios, como inflamação aguda, infecções ou até mesmo pancreatite.
Se você tem sintomas que podem indicar pedras na vesícula, não hesite em procurar orientação médica. Fique atento aos sinais do câncer na vesícula biliar e considere medir seu IMC para avaliar se o peso pode estar contribuindo para o problema.
Cuidar da saúde da vesícula é cuidar do seu bem-estar geral.
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