
Entenda como o tratamento da obesidade protege o coração
As doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil. São mais de mil óbitos por dia, segundo dados da Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC).
Vivemos em uma cultura que constantemente nos alerta sobre os perigos do colesterol alto. É uma conversa onipresente em consultórios médicos, revistas de saúde e até em mesas de jantar. Mas você já parou para pensar se o contrário também pode ser um problema? E se os níveis de colesterol no seu sangue estiverem... baixos demais? Sim, isso existe e, embora menos comum, o colesterol baixo também merece nossa atenção.
Publicado em: 15 de Setembro
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Primeiro, vamos colocar os números na mesa. Geralmente, um nível de LDL (o "colesterol ruim") abaixo de 40 mg/dL é considerado muito baixo. No entanto, a ciência ainda debate qual seria o piso ideal. O que se sabe é que, assim como o excesso, a falta de colesterol pode desequilibrar o funcionamento do nosso corpo, que depende dessa gordura para tarefas vitais.
Se o colesterol é o "vilão" quando está alto, sua ausência também pode criar problemas sérios. Ele é a matéria-prima para funções essenciais, e a escassez pode levar a problemas no sistema nervoso. O cérebro é o órgão mais rico em colesterol do corpo. Níveis muito baixos estão sendo estudados por sua possível ligação com a depressão e a ansiedade.
Disfunções sexuais também podem ocorrer, já que o colesterol é fundamental para a produção de hormônios como estrogênio e testosterona. Sua deficiência pode levar a irregularidades no ciclo menstrual e problemas de libido.
Problemas digestivos são outra consequência. Sem colesterol suficiente, a produção de ácidos biliares fica comprometida, dificultando a digestão de gorduras e a absorção de vitaminas importantes como A, D, E e K.
Ter colesterol baixo não é algo que acontece do dia para a noite. Geralmente, está associado a condições específicas como problemas genéticos raros, hipertireoidismo, desnutrição e dietas pobres em gordura, ou doenças crônicas que interferem na produção e no metabolismo do colesterol.
O HDL é o "faxineiro" das nossas artérias. Quando seus níveis estão baixos (geralmente abaixo de 40 mg/dL), o risco de doenças cardiovasculares aumenta, pois há menos "limpeza" do excesso de colesterol ruim. Não há sintomas diretos de HDL baixo, mas ele é um sinal de alerta importante para a saúde do seu coração e está frequentemente ligado ao sedentarismo e à obesidade.
O universo do colesterol nos ensina uma lição valiosa: na saúde, extremos raramente são bons. Tanto o excesso quanto a falta de colesterol podem ser prejudiciais. A chave está no equilíbrio e no acompanhamento médico regular.
Se você tem dúvidas sobre seus níveis de colesterol, procure seu médico. Para conhecer mais sobre doenças vasculares e obesidade ou sobre a MASH, explore nosso conteúdo.
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