
Como obesidade e diabetes estão relacionados?
O diabetes afeta 16,8 milhões de adultos no Brasil, quinto país no mundo com a maior incidência da doença.
Você já se sentiu mais cansada do que o normal sem motivo aparente? Ou notou uma sede que parece nunca passar? Muitas vezes ignoramos esses pequenos sinais, mas eles podem ser a forma do nosso corpo nos dizer que algo precisa de atenção. Um desses sinais, silencioso e muitas vezes invisível, é a glicemia elevada. Para nós, mulheres que já celebramos os 40, esse é um tema que merece atenção especial.
Publicado em: 09 de Setembro
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Pense na glicose como a energia que abastece cada célula do nosso corpo. A insulina, produzida pelo pâncreas, é a chave que permite que essa energia entre nas células. É uma dança perfeitamente sincronizada. Mas com o tempo, especialmente com o ganho de peso, essa sintonia pode se perder. As células podem começar a não responder tão bem à insulina, criando a resistência à insulina.
Quando isso acontece, o pâncreas tenta compensar produzindo mais insulina. Só que essa sobrecarga não é sustentável. A glicose, sem conseguir entrar nas células, começa a se acumular no sangue. É assim que a glicemia elevada se instala, um cenário que pode evoluir para o diabetes tipo 2.
Aquela gordurinha que se concentra na região da barriga não é apenas uma questão estética. Ela é metabolicamente ativa e produz substâncias que atrapalham a ação da insulina. É um ciclo que se retroalimenta: o excesso de gordura aumenta a resistência à insulina, que leva ao aumento da glicose, que pode ser armazenada como mais gordura. A conexão entre obesidade e diabetes é tão importante que merece uma leitura mais aprofundada em Como obesidade e diabetes estão relacionados.
O pré-diabetes é um estágio anterior ao diabetes. A glicemia já está mais alta que o normal, mas ainda não atingiu o nível para diagnóstico de diabetes. É um sinal de alerta, um convite do seu corpo para mudança de hábitos. E a melhor parte é que nesse estágio a mudança tem poder imenso. Com alimentação mais saudável e exercícios regulares, é totalmente possível reverter o quadro. Muitas vezes, essa condição é uma ameaça invisível que, ao ser descoberta, nos dá oportunidade de agir.
Após os 40 anos, nosso corpo passa por transformações hormonais que podem impactar como metabolizamos a glicose. Condições como a Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP) também são fator de risco importante para resistência à insulina. Por isso, o acompanhamento médico se torna um grande aliado. O ideal é que a glicemia em jejum esteja abaixo de 100 mg/dL. Valores entre 100 e 125 mg/dL já são sinal de alerta para pré-diabetes.
A boa notícia é que temos o poder de mudar essa história. A chave para controlar a glicemia está em um estilo de vida mais ativo e consciente. Uma alimentação colorida e variada, com muitos vegetais, fibras e menos alimentos processados, é a base de tudo. A atividade física funciona como um verdadeiro remédio, ajudando o corpo a usar a insulina de forma mais eficiente. Essas mudanças são fundamentais para combater a síndrome metabólica.
Cuidar da sua glicemia é um ato de amor próprio. É sobre se dar a chance de viver com mais energia, disposição e saúde. Converse com seu médico, faça seus exames e lembre-se que cada pequena escolha saudável é um passo em direção a uma vida mais plena e feliz.
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