Falta de concentração pela fadiga: quando a mente simplesmente não colabora
Descubra por que a fadiga afeta sua concentração e como quebrar esse ciclo. Entenda os sintomas, causas e soluções para o cansaço mental que prejudica seu foco.
Quem nunca teve um lapso de memória? Esquecer onde deixou as chaves, o nome de um conhecido ou o que ia buscar na cozinha são experiências comuns. Quando esses pequenos esquecimentos se tornam frequentes, a preocupação se instala. A ciência tem demonstrado que o peso corporal pode ter um papel significativo na frequência e intensidade desses lapsos. A obesidade, com seus mecanismos de inflamação e disfunção metabólica, pode criar um ambiente que favorece o desgaste cognitivo.
Publicado em: 28 de Novembro

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Neste artigo, vamos explorar a conexão entre o excesso de peso e os problemas de memória. Vamos entender como a obesidade pode levar à redução do volume cerebral, por que a perda de peso é uma intervenção protetora e quando o esquecimento deixa de ser um simples lapso e se torna um sinal de alerta.
Sim, o peso corporal pode prejudicar a memória. A obesidade, especialmente a de longa duração, está associada a alterações estruturais e funcionais no cérebro. Os mecanismos por trás dessa relação giram em torno de dois pilares:
A inflamação sistêmica causada pelo excesso de gordura corporal, principalmente a visceral, atinge o cérebro. Essa inflamação crônica danifica os neurônios e as sinapses, comprometendo a capacidade do cérebro de processar e armazenar informações, o que se manifesta como problemas de memória e lapsos mais frequentes.
A obesidade está ligada à disfunção metabólica, como a resistência à insulina e o diabetes tipo 2. Essa disfunção afeta a forma como o cérebro utiliza a glicose, resultando em dificuldade de concentração e lapso de memória.
Ter lapsos de memória ocasionais é normal. O esquecimento começa a ser preocupante quando ele se torna frequente, interfere nas atividades diárias e é notado por outras pessoas.
Sinais de Alerta:
Se esses lapsos estiverem acompanhados de obesidade, o risco de desenvolvimento de demência é aumentado. A obesidade, nesse contexto, atua como um acelerador do processo de desgaste.
Um conceito fascinante é a memória epigenética da obesidade. Isso sugere que o excesso de gordura corporal pode deixar uma "marca" no cérebro, predispondo o indivíduo a um maior risco de declínio cognitivo e até mesmo dificultar a manutenção da perda de peso.
A boa notícia é que a perda de peso pode reverter ou, pelo menos, desacelerar o desgaste cognitivo associado à obesidade.
Ao reduzir a gordura corporal, o corpo diminui a produção de substâncias inflamatórias e melhora a sensibilidade à insulina, otimizando o metabolismo cerebral. A intervenção no peso é, portanto, uma das formas mais eficazes de proteger o cérebro contra o risco aumentado de demência e de preservar a sua memória.
O lapso de memória, quando frequente, é um sinal de que algo não vai bem. A obesidade, com sua capacidade de gerar inflamação e disfunção metabólica, é um fator que não pode ser ignorado na saúde cerebral.
Cuidar do seu peso é um ato de prevenção que vai muito além da estética. É um investimento direto na sua capacidade de lembrar, de aprender e de manter a sua autonomia. Ao buscar um peso saudável, você está ativamente protegendo o seu cérebro contra o desgaste cognitivo e garantindo que os seus lapsos de memória voltem a ser apenas esquecimentos ocasionais.
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