
Desequilíbrio da flora intestinal está associado a obesidade
Imagine um ambiente com 100 trilhões de seres vivos. Muitos diriam que isso é impossível, já que o próprio planeta Terra possui oito bilhões de habitantes.
Aquela sensação de estômago embrulhado, a azia que aparece do nada ou o inchaço que faz você se sentir como um balão prestes a estourar. Se você já passou por isso, não está sozinho. Os problemas gastrointestinais são mais comuns do que imaginamos e podem transformar um dia normal em uma verdadeira montanha-russa de desconforto.
Publicado em: 18 de Setembro
Tópicos:
O sistema digestivo é como uma orquestra complexa, onde cada órgão tem seu papel. Do esôfago ao intestino, passando pelo estômago, fígado, pâncreas e vesícula biliar, tudo precisa funcionar em harmonia. Quando algo sai do compasso, nosso corpo não demora para avisar.
Os sinais podem variar desde um simples mal-estar até sintomas que realmente atrapalham sua rotina. A dor abdominal é provavelmente a queixa mais frequente, mas ela pode se manifestar de diferentes formas. Às vezes é uma pontada aguda, outras vezes uma sensação de peso ou queimação.
A azia é outro visitante inconveniente que aparece especialmente após refeições mais pesadas. Aquela sensação de que o ácido do estômago decidiu fazer uma excursão pelo esôfago acima. O inchaço abdominal também incomoda bastante, fazendo você se sentir como se tivesse comido muito mais do que realmente comeu.
A diferença entre um mal-estar passageiro e um problema que merece atenção médica nem sempre é óbvia. Problemas funcionais, como aquela dor de barriga depois de uma refeição pesada, geralmente se resolvem sozinhos ou com mudanças simples no estilo de vida.
Já os problemas estruturais são mais complexos. Eles envolvem alterações físicas que um médico pode identificar em exames. A intensidade, frequência e duração dos sintomas são pistas importantes.
A síndrome do intestino irritável lidera o ranking dos problemas funcionais. Ela causa dor abdominal, gases e alterações no funcionamento intestinal, mas sem causar danos estruturais visíveis.
Entre os problemas estruturais, a doença do refluxo gastroesofágico é bastante comum. O ácido do estômago "sobe" para o esôfago, causando aquela sensação de queimação no peito. Gastrite, hemorroidas e problemas relacionados à digestão de certos alimentos também figuram na lista dos mais frequentes.
Alguns sinais são verdadeiros alertas vermelhos que não devem ser ignorados. Sangue nas fezes, vômitos com sangue, dor abdominal intensa que não passa, perda de peso sem explicação e febre alta são situações que pedem avaliação médica imediata.
Sintomas persistentes, mesmo que não sejam graves, também merecem atenção. Se você convive há semanas com desconforto digestivo que não melhora com mudanças na alimentação ou estilo de vida, vale a pena conversar com um especialista.
A conexão entre problemas gastrointestinais e obesidade é real e importante. O desequilíbrio da flora intestinal está associado à obesidade, e a obesidade pode aumentar a incidência de refluxo.
Cuidar da saúde digestiva é cuidar do bem-estar geral. Seu corpo fala, e aprender a escutá-lo pode fazer toda a diferença na sua qualidade de vida.
BR25OB00339