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Vícios e saúde física: quando o prazer se torna prisão

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Você já parou para pensar por que algumas pessoas conseguem tomar um copo de vinho no jantar e parar por aí, enquanto outras não conseguem resistir a uma segunda, terceira, quarta taça? Ou por que certas pessoas comem um pedaço de chocolate e ficam satisfeitas, enquanto outras devoram a barra inteira sem nem perceber?

Publicado em: 25 de Setembro

Vícios e saúde física: quando o prazer se torna prisão

 

Tópicos:

  • O que é vício segundo a OMS?
  • Como o vício funciona no corpo?
  • Quais são os vícios mais prejudiciais à saúde?
  • Quais são as consequências da atividade física para a saúde?
  • Conclusão

 

A resposta está no complexo mundo dos vícios, uma condição que vai muito além da 'falta de força de vontade' e que pode impactar profundamente nossa saúde física. Entender como os vícios funcionam é o primeiro passo para quebrar ciclos que podem estar sabotando nosso bem-estar.

 

O que é vício segundo a OMS?
 

A Organização Mundial da Saúde define vício como um transtorno crônico caracterizado pelo uso compulsivo de substâncias ou comportamentos, mesmo quando há consequências negativas evidentes.

Não é uma escolha consciente ou uma falha moral, é uma doença psicoemocional real que altera a química do cérebro.

O vício é reconhecido como uma condição médica séria que afeta milhões de pessoas globalmente. Ele pode envolver substâncias como álcool, drogas e nicotina, ou comportamentos como jogos, compras e até mesmo padrões alimentares. O que todos têm em comum é a perda de controle e o impacto negativo na vida do indivíduo.

 

Como o vício funciona no corpo?
 

O vício sequestra literalmente o sistema de recompensa do cérebro. Quando experimentamos algo prazeroso, nosso cérebro libera dopamina, um neurotransmissor que nos faz sentir bem.

O problema surge quando substâncias ou comportamentos viciantes inundam o cérebro com quantidades anormais de dopamina. Com o tempo, o cérebro se adapta reduzindo a produção natural desse neurotransmissor.

Resultado: a pessoa precisa de mais da substância para sentir o mesmo prazer.

Os sistemas do corpo mais afetados incluem o sistema nervoso central, o cardiovascular e o digestivo. Cada tipo de vício pode impactar diferentes órgãos, mas todos compartilham essa alteração fundamental no circuito de recompensa cerebral.

 

Quais são os vícios mais prejudiciais à saúde?
 

Embora todos os vícios tenham potencial destrutivo, alguns são particularmente devastadores para a saúde física.

  • Tabagismo – responsável por milhões de mortes anuais devido a câncer, doenças cardiovasculares e respiratórias.
  • Alcoolismo – causa estragos significativos, afetando praticamente todos os sistemas do corpo. Fígado, coração, cérebro e sistema digestivo podem ser severamente danificados.
  • Vícios comportamentais – como o vício em comida, que pode levar à obesidade e complicações como diabetes, hipertensão e problemas articulares. O food noise pode transformar a vida em um tormento de pensamentos obsessivos sobre comida.

 

Quais são as consequências da atividade física para a saúde?
 

Aqui temos uma reviravolta interessante: a atividade física pode ser tanto uma ferramenta poderosa contra vícios quanto, em casos extremos, tornar-se ela própria um vício.

Quando praticada de forma equilibrada, o exercício é um dos melhores 'remédios' naturais que existem. Ele libera endorfinas, os 'hormônios da felicidade', que ajudam a reduzir a ansiedade, melhorar o humor e diminuir desejos por substâncias viciantes.

Para pessoas em recuperação, o exercício pode ser uma ferramenta valiosa para reconstruir a autoestima, criar rotinas saudáveis e encontrar uma nova fonte de prazer.

 

Conclusão
 

Os vícios são condições complexas que merecem compreensão, não julgamento. Entender se o jejum intermitente é recomendado para você pode ser parte de uma abordagem equilibrada.

E lembrar que manter o peso perdido pode ser tão desafiador quanto perdê-lo nos ajuda a ter expectativas realistas sobre nossa jornada de saúde.

Se você ou alguém que conhece está lutando contra um vício, lembre-se: buscar ajuda é um sinal de força, não de fraqueza.


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