
Tão difícil quanto perder peso é manter
Você está em uma jornada de emagrecimento, conseguiu perder peso e sente muita animação. Algum tempo depois, percebe que recuperou os quilos que perdeu ou que não consegue mais avançar.
Você já parou para pensar por que algumas pessoas conseguem tomar um copo de vinho no jantar e parar por aí, enquanto outras não conseguem resistir a uma segunda, terceira, quarta taça? Ou por que certas pessoas comem um pedaço de chocolate e ficam satisfeitas, enquanto outras devoram a barra inteira sem nem perceber?
Publicado em: 25 de Setembro
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A resposta está no complexo mundo dos vícios, uma condição que vai muito além da 'falta de força de vontade' e que pode impactar profundamente nossa saúde física. Entender como os vícios funcionam é o primeiro passo para quebrar ciclos que podem estar sabotando nosso bem-estar.
A Organização Mundial da Saúde define vício como um transtorno crônico caracterizado pelo uso compulsivo de substâncias ou comportamentos, mesmo quando há consequências negativas evidentes.
Não é uma escolha consciente ou uma falha moral, é uma doença psicoemocional real que altera a química do cérebro.
O vício é reconhecido como uma condição médica séria que afeta milhões de pessoas globalmente. Ele pode envolver substâncias como álcool, drogas e nicotina, ou comportamentos como jogos, compras e até mesmo padrões alimentares. O que todos têm em comum é a perda de controle e o impacto negativo na vida do indivíduo.
O vício sequestra literalmente o sistema de recompensa do cérebro. Quando experimentamos algo prazeroso, nosso cérebro libera dopamina, um neurotransmissor que nos faz sentir bem.
O problema surge quando substâncias ou comportamentos viciantes inundam o cérebro com quantidades anormais de dopamina. Com o tempo, o cérebro se adapta reduzindo a produção natural desse neurotransmissor.
Resultado: a pessoa precisa de mais da substância para sentir o mesmo prazer.
Os sistemas do corpo mais afetados incluem o sistema nervoso central, o cardiovascular e o digestivo. Cada tipo de vício pode impactar diferentes órgãos, mas todos compartilham essa alteração fundamental no circuito de recompensa cerebral.
Embora todos os vícios tenham potencial destrutivo, alguns são particularmente devastadores para a saúde física.
Aqui temos uma reviravolta interessante: a atividade física pode ser tanto uma ferramenta poderosa contra vícios quanto, em casos extremos, tornar-se ela própria um vício.
Quando praticada de forma equilibrada, o exercício é um dos melhores 'remédios' naturais que existem. Ele libera endorfinas, os 'hormônios da felicidade', que ajudam a reduzir a ansiedade, melhorar o humor e diminuir desejos por substâncias viciantes.
Para pessoas em recuperação, o exercício pode ser uma ferramenta valiosa para reconstruir a autoestima, criar rotinas saudáveis e encontrar uma nova fonte de prazer.
Os vícios são condições complexas que merecem compreensão, não julgamento. Entender se o jejum intermitente é recomendado para você pode ser parte de uma abordagem equilibrada.
E lembrar que manter o peso perdido pode ser tão desafiador quanto perdê-lo nos ajuda a ter expectativas realistas sobre nossa jornada de saúde.
Se você ou alguém que conhece está lutando contra um vício, lembre-se: buscar ajuda é um sinal de força, não de fraqueza.
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