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Publicado em: 12 de Novembro
Talvez você tenha descoberto recentemente o teste do IMC (índice de massa corporal) e até calculou o seu resultado em alguma plataforma online, mas esse método não é algo novo, ele tem mais de cem anos de história.¹
O cálculo do IMC, que é a divisão do peso (em quilogramas) pela altura (em metros) ao quadrado, é a forma mais comum para constatar o excesso de peso.² Pela sua simplicidade, foi adotado em todo o mundo. O resultado do IMC classifica o peso de uma pessoa conforme a tabela abaixo:
O IMC está associado, mas não é uma medida direta da gordura corporal.³
Portanto, ele é útil para verificar o excesso de peso, mas não exclui a avaliação de um médico. Em outras palavras, o diagnóstico da obesidade não pode depender apenas do IMC.³
Quando o excesso de gordura está localizado na região abdominal, há um maior risco de doenças do coração e diabetes tipo 2 do que quando a gordura se acumula nos quadris e nas coxas.⁴
Essa distribuição não é levada em conta pelo IMC.
Por isso, outros métodos são estudados e utilizados para complementar o diagnóstico da obesidade. Entre eles, temos a relação cintura-quadril, bioimpedância e medição de dobras cutâneas.⁵
Uma alternativa simples ao cálculo do IMC é a medição da circunferência abdominal. Por padrão, a circunferência abdominal não deve exceder 88 cm nas mulheres e 102 cm nos homens.⁶
Por ser uma ferramenta simples e fácil de usar, o IMC continua sendo utilizado para que mais pessoas autoavaliem sua saúde em relação ao seu peso, independentemente de seu nível de conhecimento médico.
Porém, caso o seu resultado indique excesso de peso, recomendamos que você procure um médico especialista para uma avaliação completa e um tratamento adequado.
Referências
1. Pray R, Riskin S. The History and Faults of the Body Mass Index and Where to Look Next: A Literature Review. Cureus. 2023 Nov 3;15(11):e48230. doi: 10.7759/cureus.48230. PMID: 38050494; PMCID:
PMC10693914.
2. Komaroff M. For researchers on obesity: historical review of extra body weight definitions. J Obes. 2016;2016:2460285.
3. National Academies of Sciences, Engineering, and Medicine; Health and Medicine Division; Food and Nutrition Board; Roundtable on Obesity Solutions; Callahan EA, editor. Translating Knowledge of Foundational Drivers of Obesity into Practice: Proceedings of a Workshop Series. Washington (DC): National Academies Press (US); 2023 Jul 31. 10, The Science, Strengths, and Limitations of Body Mass Index. Available from: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/books/NBK594362/.
4. American Medical Association (AMA). Report of the council on science and public health. Disponível em https://www.ama-assn.org/system/files/a23-handbook-refcom-d.pdf#page=65. - Acesso em junho de 2023.
5. Rezende Fabiane, Rosado Lina,
Franceschinni Sylvia, Rosado Gilberto, Ribeiro Rita, Bouzas Marins João Carlos. Revisão crítica dos métodos disponíveis para avaliar a composição corporal em grandes estudos populacionais e clínicos. ALAN [Internet]. 2007 Dic [citado 2024 Oct 17] ; 57( 4 ): 327-334. Disponível em: http://ve.scielo.org/scielo.php?
script=sci_arttext&pid=S0004-06222007000400004&lng=es.
6. Ross R, Neeland IJ, Yamashita S, Shai I, Seidell J, Magni P, Santos RD, Arsenault B, Cuevas A, Hu FB, Griffin BA, Zambon A, Barter P, Fruchart JC, Eckel RH, Matsuzawa Y, Després JP. Waist circumference as a vital sign in clinical practice: a Consensus Statement from the IAS and ICCR Working Group on Visceral Obesity. Nat Rev Endocrinol. 2020 Mar;16(3):177-189. doi: 10.1038/s41574-019-0310-7. Epub 2020 Feb 4. PMID: 32020062; PMCID: PMC7027970.
7. World Health Organization (WHO). Waist-circumference and waist-hip ratio: report of a WHO expert consultation. Disponível em: https://iris.who.int/bitstream/handle/10665/44583/9789241501491_eng.pdf.
Acesso em setembro de 2024.
BR24OB00224 | Outubro/2024.
